Mundo Pet

Adotar animal idoso é muito diferente de um filhote? Especialista dá dicas de adaptação

O abandono de animais é um assunto sério e quando falamos em adoção, os filhotes são os primeiros a ganharem um lar, enquanto os idosos acabam permanecendo em abrigos até o fim da vida. Geralmente, o custo que um animal mais velho pode gerar, e a dificuldade de adaptação, são as primeiras justificativas de quem opta por um pet mais jovem. Mas será que realmente há tanta diferença?

O professor do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Diogo Cesar Gomes da Silva, explica que qualquer animal irá precisar de cuidados. “Não há grande diferença, porque um filhote também demanda atenção. Pontos que não podem cair no esquecimento são a vacinação, cuidados de rotina, alimentação etc. e isso independe da idade do animal”, comenta.

Sobre as vantagens de adotar um pet mais velho, o docente destaca a noção do porte do animal. “Não é possível saber a origem dos animais de abrigos, então não se sabe também o porte dos pais do bichinho. Por outro lado, um pet idoso já cresceu o que deveria ter crescido, facilitando a escolha de acordo com o espaço disponível”, diz. O especialista acrescenta ainda que os que possuem idade avançada tendem a ser mais calmos e são ideais para quem mora em pequenos espaços.

Ao falar de adaptação do pet de idade avançada ao novo lar, o professor elenca algumas dicas. Primeiramente, diz que mesmo traumatizados com o abandono ou qualquer outro motivo, uma nova casa, com donos amorosos e pacientes, são essenciais para que eles se sintam ambientados.

Confira alguns cuidados que ajudam na integração de um animal idoso:

Mantenha uma rotina: animais adoram ter hora correta para passeio, brincar, comer etc. O organismo deles funciona como um reloginho e ter horário definido para todas as atividades, ajuda no processo;

Caso o animal tenha um pano preferido, caminha, pote de ração/água, ou até um brinquedo que goste, leve os itens com você para casa. Isso ajuda na familiarização do ambiente e faz com que ele se sinta bem;

Mantenha o pet ativo. Atividades e brincadeiras não são dispensáveis apenas porque o animal é mais velho. Brinque, estimule pulos e corridas. Saia para passear ao menos uma vez por dia;

Tem outros animais em casa? Faça o primeiro contato em locais neutros e fique por perto caso perceba algum estranhamento. Algum deles estranhou? É só chamar atenção e seguir com a tentativa de contato;

Choros, inquietudes e grunhidos são normais nos primeiros momentos, principalmente depois de ficarem sozinhos por um tempo. Esses sinais são comuns e passageiros, então, não há com o que se preocupar, apenas ofereça amor e atenção;

Mantenha as vacinas em dia e faça visitas periódicas ao veterinário.

Da Redação – Foto: Divulgação