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Ô festa junina, que saudade d’ocê!

Saudade da canjica, do pinhão, da paçoca e do quentão.

Tudo isso faz parte da nossa cultura tanto quanto o famoso carnaval. As modas de viola embalam as noites estreladas e o forrozinho nos faz querer riscar o salão, dançando como se não houvesse amanhã.

As festas que acontecem em junho no Brasil foram trazidas pelos colonizadores portugueses. No hemisfério norte, tratava-se das celebrações do solstício de verão para populações pagãs, como celtas e germânicos, que comemoravam as colheitas. A igreja católica se apropriou dessas comemorações e passou a dedicá-las a São João Batista, santo primo de Jesus Cristo, que, de acordo com a bíblia, uma fogueira anunciou seu nascimento. Por volta do século XIII, Santo Antônio e São Pedro passaram a ser homenageados no mesmo mês.

Com a pandemia, foram dois anos sem balões, estalinhos, roupas de chita e bandeirinhas. Dois anos sem as celebrações que aquecem muito mais que a temperatura com as fogueiras, mas também os nossos corações.

Os festejos juninos são uma bela expressão da identidade de uma região brasileira lembrada majoritariamente por suas mazelas. Perdê-la, mesmo que de forma temporária, é perder um pouco de quem somos. Ter um pouco menos da alegria contagiante que passada adiante a cada geração.

Mas a tristeza ficou para trás. Esse ano já temos sinhozinhos e sinhazinhas pelas ruas, trancinhas com laços e bigodinhos de fuligem. Sorrisos e brincadeiras animadas. Comidas deliciosas e muita alegria.

Viva a festa junina!

Da Redação Itatiba Hoje – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil