Disputas internas, filiações municipais que visam a corrida de 2026 (isso mesmo, não a de 2024)

As eleições de 2024 na verdade têm sido um espelho futuro de 2026. Em Itatiba, por exemplo, existem várias indefinições. Tudo passa no atual momento, pelo posicionamento do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pretende ter aliados em cidades chaves, construindo assim sua reeleição em 2026, ou, talvez, disputando o cargo no Palácio do Planalto.

Começamos pelo PSD, que tem Gilberto Kassab na presidência nacional, sendo o “secretário mais forte” do governador Tarcísio e com a pretensão de ser governador do Estado a partir de 2031, portanto, já olhando as eleições de 2030 (isso mesmo!). Explicamos: a ideia de Kassab é conduzir a reeleição do atual governador (2026), mas já se colocando na condição de vice, para que em abril de 2030, Tarcísio se descompatibilize para sair candidato à Presidência, assumindo assim o governo do Estado para então candidatar-se à reeleição (como fez Rodrigo Garcia [ainda no PSDB] no ano passado).

Voltando ao Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio quer uma junção dos seguintes partidos: Republicanos, PSD, PL, PP e MDB (?!?). Isso mesmo, MDB, pois houve um acordo entre o governador e o presidente nacional do MDB, o deputado federal, Baleia Rossi, já visando 2026, data na qual o MDB apoiará a reeleição de Tarcísio, desde que este apoie a reeleição (2024) de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da Capital. Na prática são muitos partidos, e a ideia é focar nas maiores cidades. Itatiba seria alcançada com tal aliança? Não sabemos…

No âmbito municipal temos as disputas pelas legendas, as definidas em sua ampla maioria estão com órgãos provisórios (excetuando o PT e o PSDB), justamente para possibilitar trocas “a qualquer momento”. Quando olhamos para “as legendas da aliança do governador”, segue-se a indefinição do PP e do PSD, pois finalmente definiu-se o PL, retirando agora de fato e de direito a presidência das mãos do vereador, Ailton Fumachi (ainda no PL) e colocando-a nas mãos do irmão do vereador, Juninho Parodi (ainda no Avante), Paulo Eduardo Parodi. São tais atitudes que demonstram a chamada “pré da pré campanha de 2024”, destacando que até o momento nenhuma pessoa apontou ser pré-candidato à chefia do Executivo, nem o atual prefeito o fez.

Recentemente, o empresário e ainda presidente do PTB – Fernando Perobelli, postou uma foto em suas redes sociais com o prefeito de Louveira, Estanislau Steck (PSD). Pela indefinição do PSD, o qual, segundo consta, tem hoje duas nominatas nas mãos de Kassab: uma com Perobelli/Parisotto (os quais contam com o apoio do coordenador regional Saulo Pedroso) e a outra com o nome de Roberto Penteado (o qual conta com o apoio do “clã Kassab”), e, segundo #fofocanapolitica, Penteado teria pedido apoio ao chefe do Executivo da cidade vizinha para ser reconduzido à presidência.

Voltando ao “partido de Bolsonaro”, pergunta que não quer calar: quais as pretensões de Juninho Parodi? Ser candidato a prefeito ou aceitar ser vice de alguém (Thomás?)? Não podemos esquecer as eleições de 2016, na qual ele constava como vice-prefeito do então candidato, Vitório Bando (à época filiado ao DEM), já com material impresso com seu nome (do Juninho) e aos “45 do segundo tempo” teve seu nome retirado! Aguardemos…

Visualmente há um “Centrão mais à direita” se formando em Itatiba, com o Republicanos nas mãos do Cel Frederico e outros aliados. Questão estratégica: para onde irá caminhar o MDB, hoje sob a presidência da Mayara Ferreira Maia, esposa do atual presidente da Câmara e do Solidariedade, David Bueno.

Caminhando para o Paço Municipal, qual será a decisão do prefeito Thomás Capeletto (PSDB)? Nossa opinião, irá esperar até o final de agosto quando expirará o atual diretório do PSDB para então, após formar o novo diretório, avaliará se permanecerá ou não no atual partido. É provável que irá acompanhar seu amigo de Jundiaí que ingressou no PL, mas isso terá que ser avaliado com as pretensões de Parodi…

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Por Alberto Gongalves/Itatiba – Ilustração: Emerson Ferreira da Silva