CidadeEducação

Instituto Vedacit realiza 3ª edição do projeto Inovação com estudantes de Itatiba

Em parceria com a Junior Achievement e a Secretaria Municipal de Educação, a ação incentiva alunos a encontrarem soluções para desafios sociais

O Instituto Vedacit em parceria com a Ong Junior Archievement (JA) realizou mais uma edição do projeto Innovation Camp na cidade de Itatiban. Desta vez, o evento aconteceu na ETEC Rosa Perrone Scavone, na Vila Belém. O projeto visa estimular os estudantes a encontrar soluções para problemas nas comunidades em que estão inseridos e despertar o espírito empreendedor e a cidadania participativa.

Foto: Divulgação

A dinâmica tem como base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU). São um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas desfrutem de paz e de prosperidade. Cinco grupos de alunos do 3º ano da ETEC Rosa Perrone participaram do certame que premiou as três melhores propostas.

Lucilene Rocha, coordenadora de projetos da JA relata que a Ong nasceu em 1919, nos Estados Unidos, numa iniciativa de empresários preocupados em preparar jovens para os desafios das mudanças na produção industrial. No Brasil, a JA desembarcou apenas em 1983 e trabalha sobre o tripé empreendedorismo, preparação para o mercado de trabalho e educação financeira.

Foto: Divulgação

A proposta do Instituto Vedacit é prioritariamente desenvolver o crítico dos estudantes apresentando novas possibilidades de atuação em sala de aula com alcance no ambiente empresarial. Juliana Solai, coordenadora de sustentabilidade do Instituto Vedacit informou que outras duas edições do Innovation Camp foram realizadas no ano passado para alunos de Escolas Municipais de Educação Fundamental II. “A receptividade foi muito boa. O evento tira os estudantes da rotina. A JA dá as dicas sobre o caminho para materializar uma ideia, passando pela motivação, criação, envolvimento dos públicos-alvo, como financiar os projetos e, por fim, oferecê-los à sociedade. Voluntários da Vedacit ficam encarregados de supervisionar e orientar os grupos para que alcancem os objetivos criados.

Foto: Divulgação

Propostas na mesa

Nesta edição do Innovation Camp, o destaque foi para a preocupação com as enchentes na cidade de Itatiba. Todos os cinco projetos desenvolvidos trataram do tema.

O primeiro lugar, determinado por um júri com três integrantes: o diretor da ETEC, Cristiano Oliveira; a coordenadora da JA, Lucilene Rocha; e Juliana Solai, do Instituto Vedacit. Convidado para integrar o corpo de jurados, este repórter declinou do convite por falta adequada de conhecimento.

O primeiro lugar ficou para o grupo Floods, palavra em inglês que significa enchente, ou inundação, que propôs a instalação de telas de contenção nos bueiros de modo a evitar que o lixo e outros detritos vá parar em rios e córregos e a colocação de sensores que informem o esgotamento da capacidade de armazenamento de água.

Foto: Divulgação

O segundo lugar ficou para o grupo Art of Transformation. Essa turma propôs a instalação de mais lixeiras seletivas pela cidade para evitar o entupimento de bueiros e reduzir a poluição. QR code nas lixeiras trariam informações sobre coleta sustentável e endereços de ecopontos. Anúncios de empresas nas lixeiras ajudariam a bancar o projeto.

Terceiro colocado, o grupo CFMJ desenvolveu um projeto para coletar e tratar água das bocas de lobo. O custo seria de R$ 250 mil para armazenamento mais R$ 150 mil para distribuição a suma clientela interessada em água de reúso.

Além das medalhas de ouro, prata e bronze, Cada integrante do grupo vencedor recebeu um cartão-presente no valor de R$ 80. Segundo e terceiro colocados receberam cartões de R$ 60 e R$ 40, respectivamente.

Por fim, participaram o grupo S.E.Q. cuja proposta é criar uma empresa que faça monitoramento de enchentes e queimadas; e o grupo Synth pregou o uso de drones para identificar riscos e combater enchentes.

O diretor da ETEC Rosa Perrone, Cristiano Oliveira, gostou do Innovation Camp. Segundo ele, iniciativas que aproximam escola e meio empresarial devem ser replicadas. “Já houve outros programas de mentoria. Esse contato direto dá autonomia para os alunos e abre portas para estágios e até contratações. As empresas conhecem melhor o que está, de fato, sendo desenvolvido nas escolas. A Vedacit, antes desse evento, já era parceira nossa”, finalizou.

A frase estampada na camiseta de Lucilene Rocha, da Junior Archievement, dá bem a dimensão do projeto: “Acreditar no potencial ilimitado dos jovens”.

Por Cid Barboza – Fotos: Cid Barboza e Divulgação