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Avaliação: Para oferecer cabine dupla, VW Saveiro Extreme perde espaço na caçamba

A Volkswagen Saveiro é uma picape compacta que está no mercado desde o início dos anos 80. Ela já estava quase esquecida. Mas ganhou sobrevida no ano passado em mais uma renovação para cumprir difícil tarefa de brigar com a líder Fiat Strada. Houve algumas mudanças pequenas no visual e readequação das versões.

Foto: Divulgação

Nesta avaliação, a top Saveiro Extreme, a única que é cabine dupla, que traz alguns equipamentos a mais, mas ainda mantém certas limitações que a deixam em desvantagem frente a concorrência. São só duas portas e espaço bem restrito para quem vai no banco de trás. Aliás, isso é um mal insanável, presente também na Strada, mas que pelo menos conta com portas traseiras. Oferece apenas o motor 1.6 aspirado e tem só opção de câmbio manual.

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De cara, dá para perceber que a Saveiro pode sobreviver melhor para quem a deseja para o trabalho, na versão cabine simples apenas para motorista e mais um passageiro. Afinal, é difícil acessar o banco traseiro e quase impossível ir lá atrás. Por ser cabine dupla, a caçamba é menor, deixando menos espaço para cargas. Em vez de 1.024 litros, você levará somente 645.

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Tirando essas observações iniciais, vamos ao que a Saveiro Extreme apresenta de melhor nesta linha 24. Tem um novo capô, mais alto e com vincos marcados, que dão a ela uma cara mais robusta. O parachoque dianteiro melhorou o ângulo de entrada e deu maior destaque para a grade junto com novos faróis, ainda halógenos e com luz diurna.

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Alguns detalhes tentam dar um requinte maior a esta Saveiro. Os bancos são em couro e tem um novo grafismo no painel. Conta com equipamentos interessantes, antes disponíveis na versão Cross descontinuada, como controles de tração e estabilidade, banco do motorista com regulagem de altura, protetor de caçamba, bagageiro no teto, iluminação na caçamba.

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Há rodas de liga leve de 15” com acabamento diamantado, santantonio, capota marítima, central multimídia com tela de 6,5” com Android Auto e Apple Car Play por fios, volante multifuncional em couro, bancos em couro, regulagem de altura e profundidade da coluna de direção, monitor de pressão dos pneus, bloqueio eletrônico de diferencial, 4 alto-falantes e 2 tweeters e pedaleiras esportivas.

A unidade avaliada ainda estava equipada com o Pacote Tech, único opcional da versão Extreme. Ele custa R$ 2.160 e adiciona controle de descida com função off-road, controle de cruzeiro, retrovisor interno fotocrômico, acendimento automático de faróis e sensor de chuva. No final das contas, o preço fica perto dos R$ 120 mil. Aí que fica difícil encarar a Strada, já que oferece por valor parecido versão com motor 1.0 turbo e câmbio automático com um pouquinho só a mais.

Para finalizar, o velho e bom motor 1.6 16V MSI. Entrega até 116 cv de com etanol e garante uma dirigibilidade muito boa para quem quer encarar tanto a cidade como a estrada. O câmbio manual de 5 marchas bem justinho facilita as trocas e dificilmente deixa o motorista na mão. Vai de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos com etanol e 10,8 segundos com gasolina, alcançando velocidades máximas de 178 km/h e 174 km/h, respectivamente.

No fim das contas, o desempenho agrada, já que a plataforma é boa, a carroceria é firme e a suspensão traseira se apresenta bem. Passa segurança ao motorista, apesar de ainda oferecer a direção ainda hidráulica e não elétrica, o que a deixa mais pesada.

Em vídeo no youtube.com/carroexpress

Por Ernesto Zanon/Carro Express – Fotos: Divulgação