AVALIAÇÃO: Jeep Compass Blackhawk representa a evolução da espécie em alto estilo
Tem alguns carros que resistem ao tempo e não apresentam muitas mudanças no visual desde que foram lançados. Este é o caso do Jeep Compass, que chegou ao Brasil em 2016 quando vários SUVs médios estrearam no mercado, iniciando uma verdadeira febre por este tipo de carro, que persiste até hoje.
Oito anos depois, apesar de não ter grandes modificações principalmente no visual, este Compass Blackhawk, que avaliamos nesta semana, é o exemplo da evolução da marca. Tem até algumas diferenças visuais, mas é no coração que ele apresenta boas novidades. Tem o novo motor Hurricane 2.0T a Gasolina, que gera nada menos que 270 cavalos. Fora isso, conta ainda com o pacote Adas 2, que é sinônimo de segurança e tecnologia. Para ter uma ideia, ele está a um passo de se tornar um veículo autônomo.
Vale salientar que Blackhawk corresponde à máxima representatividade da performance e esportividade Jeep. E o Compass está estreando esta linha no Brasil. Por isso, antes de falar do pacote Adas 2, vamos abordar o motor Hurricane 2.0 turbo de 272 cv.
Já utilizado em modelos da RAM, como o nome diz, é um “furacão” em termos de potência e torque. Quem se acostumou com as versões anteriores ou a atual com o bom motor 1.3 turbo da Stellantis vai se surpreender. Não é brincadeira o que esse Compass anda. Ainda mais que agora conta com um câmbio automático de nove velocidades, além da Tração 4×4 Jeep Active Drive Low. É daqueles sistemas que o fora de estrada é de verdade e não somente um apelo de marketing que você quase não usará.
É pisar e ir embora. A força é imediata. Dá para avançar muito rapidamente a altas velocidades sem titubear. Vai de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 segundos e tem velocidade máxima de 228 km/h. Em se tratando de um SUV deste porte, dá para perceber que o bicho é bravo.
Para dominar esta máquina, assistentes de condução são imprescindíveis. Aí que entra o tal pacote ADAS nível 2 com a adição do ADA (Assistente ativo de direção). É a combinação do uso do Lane Centering e do ACC. Para traduzir. Além do sistema garantir que o carro se mantenha numa velocidade pré-determinada praticamente de forma autônoma, acelerando ou reduzindo conforme os carros que vão à frente, este Compass Blackhawk faz curvas sozinho em vias devidamente sinalizadas. Já tínhamos tido essa experiência em automóveis de nível bem superior. Chega até ser difícil acreditar que um SUV médio já disponha deste tipo de facilidade. É muito legal. Mas atenção. O sistema detecta se a gente está com a mão no volante. Se tirar por alguns segundos, ele vai desativar e pedir para o motorista assumir o comando.
Logicamente que tudo isso tem um preço. Esta versão tem preço sugerido de R$ 280 mil, uns R$ 100 mil a mais que o Compass de entrada, o Sport T270 Turbo Flex AT6. Mas vale a pena para quem quer não algo a mais. Mas muito a mais. Na descrição mostro tudo que ele oferece e que não é pouca coisa.
No visual, dá para ver algumas diferenças que são marcantes, como uma nova grade frontal e muitos detalhes em preto, como o nome da versão Blackhawk sugere. Entre os principais diferenciais e que merecem uma citação à parte estão o teto solar panorâmico e as rodas de 19 polegadas esportivas e com pinças de freio vermelhas.
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Por Ernesto Zanon/Carro Express – Fotos: Divulgação