Cabine Lilás da PM tem 20 atendimentos diários a mulheres na capital
Outras ferramentas como o app SP Mulher Segura e tornozelamento ampliam a rede de proteção contra agressão doméstica
Lançada em março deste ano, a Cabine Lilás já registrou 4.843 atendimentos a mulheres da capital paulista. Foram mais de 2,8 mil orientações sobre como obter a medida protetiva. Nesse período, 84 agressores foram conduzidos à delegacia com o apoio das operadoras da cabine por descumprimento das regras impostas pela Justiça. Do total, 23 permaneceram presos. Uma média de um agressor preso a cada quinze dias.

A Cabine Lilás é um serviço oferecido dentro do Centro de Operações da PM (Copom), por meio do 190. Atualmente, são 52 policiais femininas à disposição treinadas por equipes especializadas da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para atendimento de ocorrências e suporte às mulheres vítimas de agressão.
A vítima recebe todo suporte, desde o acionamento da ocorrência até orientação sobre as redes de apoio existentes no estado e município. Fora isso, as policiais são orientadas a auxiliar no registro da ocorrência e dão suporte às equipes que estão no local atendendo a ocorrência.
A cabo da Polícia Militar Raiane Cavalcante se formou na primeira turma das agentes que atuam no serviço. “Me sinto muito especial. É um serviço que eu acolhi com meu coração e faço com o maior orgulho. Todos os dias eu venho, abro meu coração, disposta a ouvi-las e ajudá-las da melhor forma que eu puder. Tanto direcionando uma viatura que às vezes elas precisam de um policial in loco para apoiá-las, seja alguma vítima de agressão mais grave que precisa de uma ambulância”, afirma.
No início de dezembro, 26 policiais encerraram o curso de capacitação no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de São Paulo. Parte das agentes serão destinadas para os centros de operações da PM do interior, sendo duas para cada macrorregião: São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Santos, Sorocaba, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba. As demais se juntarão à equipe que já trabalha na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
Aplicativo Mulher Segura
Também anunciado em março deste ano, o aplicativo SP Mulher Segura já registrou mais de 4,5 mil downloads. A plataforma facilita o acesso de vítimas de violência doméstica aos serviços de proteção do Estado. Desde o seu lançamento, foram registrados por meio do app 659 boletins de ocorrência e 531 acionamentos de botão do pânico.
A ferramenta da Secretaria da Segurança Pública está disponível para iOS e Android e reúne funcionalidades como o registro de ocorrências e o acionamento da Polícia Militar.
O acionamento do botão do pânico acontece quando a vítima que possui alguma medida protetiva identifica alguma situação de emergência. A ferramenta permite o acionamento do socorro em caso de necessidade. A medida agiliza o processo e dispensa a necessidade de preenchimento de formulários e do número do processo para o pedido de ajuda.
A plataforma também permite que a mulher faça o boletim de ocorrência virtual, sem a necessidade de ir até uma delegacia física.
O aplicativo também cruza os dados da localização da vítima e do agressor por meio do georreferenciamento da tornozeleira eletrônica. Se identificada aproximação, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) é acionado e uma viatura é despachada para o local.
Tornozelamento
O programa de monitoramento por tornozeleira eletrônica do Governo de São Paulo já levou à cadeia 34 agressores de mulheres desde o início do projeto, em setembro do ano passado na capital. Os detidos descumpriram as regras impostas pela Justiça e tentaram se aproximar das vítimas. O acionamento automático da Polícia Militar possibilitou a prisão dos agressores, evitando novos casos de violência.
Atualmente, o programa que funciona na capital paulista mantém o monitoramento de 210 infratores, sendo 130 suspeitos de violência doméstica. O tornozelamento acontece após a deliberação do Poder Judiciário nas audiências de custódia, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital. O agressor é monitorado ininterruptamente pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom) por meio de georreferenciamento.
Por Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo – Foto: Divulgação