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Desmistificando o Autismo: Dia Mundial reforça conscientização e atendimento em Itatiba

O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 para aumentar a compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A data tem o objetivo de combater preconceitos, promover a inclusão e garantir que pessoas autistas tenham acesso a direitos essenciais, como saúde, educação e participação na sociedade.

No mundo todo, esse dia é marcado por ações de conscientização, eventos educativos e a iluminação de monumentos na cor azul, símbolo do autismo. No Brasil, campanhas buscam desmistificar crenças equivocadas sobre a condição e reforçar a importância do diagnóstico precoce e das terapias especializadas.

Mitos e verdades sobre o autismo

Apesar dos avanços na informação, ainda existem muitos mitos sobre o autismo. Conheça alguns dos principais equívocos:

  1. “O autismo tem cura.”
    Mito. O autismo não é uma doença, mas sim uma condição neurológica. No entanto, intervenções precoces e terapias adequadas podem ajudar no desenvolvimento e na qualidade de vida do indivíduo.
  2. “Todas as pessoas autistas têm deficiência intelectual.”
    Mito. O autismo é um espectro, ou seja, abrange diferentes níveis de habilidades e desafios. Algumas pessoas podem ter dificuldades intelectuais, enquanto outras possuem inteligência dentro ou acima da média.
  3. “Autistas não gostam de contato social.”
    Mito. Muitas pessoas autistas querem interagir, mas podem ter dificuldades na comunicação e na interpretação de expressões sociais. Isso não significa que não desejam se relacionar, apenas que precisam de abordagens mais adaptadas.
  4. “Apenas meninos podem ser autistas.”
    Mito. O autismo é mais diagnosticado em meninos, mas também afeta meninas. Estudos apontam que o diagnóstico em meninas pode ser mais difícil, pois elas desenvolvem estratégias de camuflagem para se encaixar socialmente.
  5. “O autismo é causado por vacinas.”
    Mito absoluto. Não há qualquer evidência científica que relacione vacinas ao autismo. Essa teoria surgiu de um estudo fraudulento já desmentido pela comunidade científica.

Conscientizar-se sobre esses mitos é um passo fundamental para garantir que as pessoas autistas tenham acesso ao apoio necessário e possam ser compreendidas pela sociedade.

Onde buscar atendimento para autismo em Itatiba?

A cidade de Itatiba conta com diversas instituições que oferecem suporte para crianças, adolescentes e adultos com TEA, proporcionando um atendimento multidisciplinar essencial para o desenvolvimento e bem-estar dessas pessoas.

Centro de Referência do Autismo de Itatiba (CAI)
Inaugurado em 2023, o CAI atende crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, oferecendo até 16 sessões terapêuticas por mês. A equipe é composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, neuropsicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas e neuropediatras. O espaço também oferece orientação parental.
Endereço: Rua Dr. Luiz de Mattos Pimenta, 261 – Jardim Coronel Peroba

APAE Itatiba
A instituição atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla, incluindo autistas. Oferece suporte educacional, terapêutico e social, auxiliando no desenvolvimento e na inclusão.
Endereço: Rua Dr. Benedito de Lima, 128 – Jardim São Luis

Clínica Espaço Mosaico
Especializada no atendimento de crianças e adolescentes com TEA, a clínica utiliza a metodologia ABA e oferece terapias como psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia.
Endereço: Rua Frei Caneca, 410 – Jardim das Nações

Associação Outro Olhar
Grupo de apoio a famílias e pessoas com autismo, promovendo informação, acolhimento e atividades inclusivas.
Endereço: Rua Fábio de Arruda, 30 – Recanto dos Pássaros

Seres Itatiba
Centro de especialidades da infância e adolescência, oferecendo atendimentos terapêuticos voltados ao desenvolvimento infantil.
Endereço: Rua José de Paula Andrade, 159 – Vila Belém

Por Camila de Magalhães/Itatiba Hoje – Foto: Pixabay