Desmistificando o Autismo: Dia Mundial reforça conscientização e atendimento em Itatiba
O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 para aumentar a compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A data tem o objetivo de combater preconceitos, promover a inclusão e garantir que pessoas autistas tenham acesso a direitos essenciais, como saúde, educação e participação na sociedade.
No mundo todo, esse dia é marcado por ações de conscientização, eventos educativos e a iluminação de monumentos na cor azul, símbolo do autismo. No Brasil, campanhas buscam desmistificar crenças equivocadas sobre a condição e reforçar a importância do diagnóstico precoce e das terapias especializadas.
Mitos e verdades sobre o autismo
Apesar dos avanços na informação, ainda existem muitos mitos sobre o autismo. Conheça alguns dos principais equívocos:
- “O autismo tem cura.”
Mito. O autismo não é uma doença, mas sim uma condição neurológica. No entanto, intervenções precoces e terapias adequadas podem ajudar no desenvolvimento e na qualidade de vida do indivíduo. - “Todas as pessoas autistas têm deficiência intelectual.”
Mito. O autismo é um espectro, ou seja, abrange diferentes níveis de habilidades e desafios. Algumas pessoas podem ter dificuldades intelectuais, enquanto outras possuem inteligência dentro ou acima da média. - “Autistas não gostam de contato social.”
Mito. Muitas pessoas autistas querem interagir, mas podem ter dificuldades na comunicação e na interpretação de expressões sociais. Isso não significa que não desejam se relacionar, apenas que precisam de abordagens mais adaptadas. - “Apenas meninos podem ser autistas.”
Mito. O autismo é mais diagnosticado em meninos, mas também afeta meninas. Estudos apontam que o diagnóstico em meninas pode ser mais difícil, pois elas desenvolvem estratégias de camuflagem para se encaixar socialmente. - “O autismo é causado por vacinas.”
Mito absoluto. Não há qualquer evidência científica que relacione vacinas ao autismo. Essa teoria surgiu de um estudo fraudulento já desmentido pela comunidade científica.
Conscientizar-se sobre esses mitos é um passo fundamental para garantir que as pessoas autistas tenham acesso ao apoio necessário e possam ser compreendidas pela sociedade.
Onde buscar atendimento para autismo em Itatiba?
A cidade de Itatiba conta com diversas instituições que oferecem suporte para crianças, adolescentes e adultos com TEA, proporcionando um atendimento multidisciplinar essencial para o desenvolvimento e bem-estar dessas pessoas.
Centro de Referência do Autismo de Itatiba (CAI)
Inaugurado em 2023, o CAI atende crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, oferecendo até 16 sessões terapêuticas por mês. A equipe é composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, neuropsicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas e neuropediatras. O espaço também oferece orientação parental.
Endereço: Rua Dr. Luiz de Mattos Pimenta, 261 – Jardim Coronel Peroba
APAE Itatiba
A instituição atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla, incluindo autistas. Oferece suporte educacional, terapêutico e social, auxiliando no desenvolvimento e na inclusão.
Endereço: Rua Dr. Benedito de Lima, 128 – Jardim São Luis
Clínica Espaço Mosaico
Especializada no atendimento de crianças e adolescentes com TEA, a clínica utiliza a metodologia ABA e oferece terapias como psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia.
Endereço: Rua Frei Caneca, 410 – Jardim das Nações
Associação Outro Olhar
Grupo de apoio a famílias e pessoas com autismo, promovendo informação, acolhimento e atividades inclusivas.
Endereço: Rua Fábio de Arruda, 30 – Recanto dos Pássaros
Seres Itatiba
Centro de especialidades da infância e adolescência, oferecendo atendimentos terapêuticos voltados ao desenvolvimento infantil.
Endereço: Rua José de Paula Andrade, 159 – Vila Belém
Por Camila de Magalhães/Itatiba Hoje – Foto: Pixabay