CidadeDia dos NamoradosMomentos

Amor com tempo, dança e persistência

Do primeiro encontro em uma discoteca em 1982 a uma vida inteira de companheirismo, Teté e Margareth contam como constroem, dia após dia, uma história de amor que atravessa décadas

Há quem diga que o amor está nas grandes declarações, nos presentes caros ou nos gestos de cinema. Mas para Antonio Roberto Martins — mais conhecido por todos como Teté — e Margareth Martins, o amor mora em coisas mais simples. Em um convite para dançar, numa pia dividida entre quem lava o prato e quem cuida da panela, em séries de suspense assistidas no sofá e nos planos de uma próxima viagem a dois.

Foto: Arquivo pessoal

Eles estão juntos há 43 anos — 6 de namoro e 37 de casamento — e garantem que a fórmula para seguir de mãos dadas não tem segredo mirabolante. “Confiança, respeito e amor”, resume Teté. Margareth completa: “Paciência e vontade de construir junto”.

O encontro dos dois aconteceu em 1982, numa discoteca animada no São João Futebol Clube, cenário típico da juventude itatibense da época. “Começamos a dançar, depois a se ver de novo e só depois começamos a namorar. Na época não era tão rápido, fomos passo a passo”, lembra Teté, com um sorriso maroto. “Era tudo mais tranquilo, o namoro ia sendo construído devagar”, concorda Margareth, professora de educação infantil.

Foto: Arquivo pessoal

Daquele primeiro convite para dançar nasceram muitos outros passos juntos: uma filha, um genro, um neto, duas cachorrinhas, uma gata, memórias incontáveis e uma parceria que continua a se reinventar. A viagem mais recente do casal, por exemplo, foi para Curitiba — só os dois, como nos velhos tempos. “A gente adora viajar. É uma forma de renovar o olhar e o relacionamento”, dizem.

E por falar em datas comemorativas, o Dia dos Namorados tem um sabor especial na casa dos Martins: é também o aniversário do Teté. “É sempre em família”, diz Margareth. “Além do Dia dos Namorados, é o meu aniversário, né?” — brinca ele.

Foto: Arquivo pessoal

A rotina, apesar de tranquila, é cheia de pequenos prazeres compartilhados. Entre eles, maratonar séries de crimes e suspense, sonhar com destinos turísticos e, claro, curtir o netinho — “alegria da casa e do relacionamento”, como definem.

Quando perguntados sobre qual conselho deixariam para os casais que vão passar o primeiro Dia dos Namorados juntos em 2025, Margareth e Teté são unânimes: “Façam memórias. Celebrem os momentos bons. Porque no fim, o mais importante é o convívio — e querer estar ali um pelo outro, todos os dias”.

Foto: Arquivo pessoal

Entre risos, carinho e boas histórias, Teté e Margareth mostram que o verdadeiro romance não tem prazo de validade. Ele amadurece, se adapta, ganha novos significados — e, acima de tudo, se fortalece na leveza da convivência. E se um dia tudo começou com um passo de dança, hoje o ritmo é outro: o da parceria que sabe ouvir, ceder, sonhar e seguir. Sempre juntos.

Foto: Arquivo pessoal

💬 Entre nós dois: curiosidades de Teté e Margareth

🔸 Quem se declara mais?
Ele, claro. “Eu falo mais”, diz Teté. E Margareth confirma com um sorriso.

🔸 Uma mania do outro que diverte:
Margareth se diverte com o ritual diário do “quantos pães vamos comprar hoje?”. Já Teté ri da mania da esposa de cutucar a comida e roubar lasquinhas.

🔸 E a que mais irrita (mas que o amor supera)?
A teimosia dela e o “não falei isso!” dele… que, sim, falou.

🔸 Quem costuma pedir desculpas primeiro?
“Ela vai falar que não, mas sou eu”, diz ele. “É sim, o Teté”, confirma ela.

🔸 Viagem inesquecível:
A Itália, para comemorar os 30 anos de casados — com direito a vinho, paisagens e muitos suspiros.

🔸 Prato que não pode faltar na rotina:
Feijão com arroz para ele, uma boa macarronada para ela. Casamento equilibrado é isso aí!

🔸 Hábito diário favorito:
Contar um ao outro como foi o dia, especialmente na hora do jantar.

🔸 Se fossem uma palavra só?
Persistentes. Porque amar também é insistir, acreditar e recomeçar — todos os dias.

Por Lívia Martins/Itatiba Hoje – Fotos: Arquivo pessoal