Saúde de Itatiba alerta sobre áreas de risco para febre maculosa brasileira
Região da cidade está em alerta devido ao período de reprodução do carrapato-estrela
A Secretaria de Saúde de Itatiba, por meio do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE), faz um alerta preventivo à população quanto ao risco da febre maculosa brasileira, doença que tem potencial fatal.
A medida é de prevenção, já que Itatiba não registrou nenhum caso de febre maculosa brasileira neste ano. No entanto, uma criança do município que frequentou parques nas férias – incluindo o Parque da Cidade em Jundiaí e o Parque Luís Latorre – está com suspeita da doença – o exame de detecção leva cerca de 30 dias para o resultado. Ela chegou a ficar internada e teve alta, tratada com a medicação adequada logo no início dos sintomas.

Desde a última sexta-feira (25/07), a equipe Departamento de Vigilâncias em Saúde, através CCZE de Itatiba, coordenado pela médica veterinária Isabela Buckov, junto às agentes de Endemias fizeram a chamada ‘busca acarológica’ no Parque Luís Latorre, específica para carrapato, montando armadilhas para captura e identificaram a presença do carrapato-estrela – que, se contaminado, é vetor da doença.
Na manhã da quarta-feira (30/07), novamente estiveram em ação de busca, orientando servidores do parque, da Secretaria de Cultura e Turismo, e irão reforçar através de placas os alertas de risco da doença para os frequentadores, comunicando a presença do carrapato-estrela, através de capivaras (animais que esses carrapatos comumente parasitam).
“Essas são ações preventivas diante da preocupação da Prefeitura de Itatiba em evitar casos da doença, agindo na prevenção. Outra medida foi ampliar o acesso à medicação que trata a doença que, desde segunda (28), está disponível também nas Clínicas da Família – Unidades Avançadas de Saúde”, ressaltou.
A recomendação é que quem apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe forte (febre, desânimo, dor no corpo) alguns dias após ter estado em regiões de mata ou ter sido picado, procure uma unidade de saúde imediatamente e relate sobre o contato com carrapato, pois a febre maculosa é facilmente tratada quando diagnosticada no início. A febre maculosa pode ser mortal e já fez duas vítimas fatais em Campinas em junho último: uma mulher de 47 anos e um homem de 63 anos.

Procure no corpo
Para verificar sua presença, tendo estado em local de risco, é recomendado ainda examinar o próprio corpo a cada três horas. Ao encontrar um carrapato, deve-se retirar o mais rápido possível do corpo com auxílio de uma pinça.
Após a remoção, lavar bem as mãos e o local da picada. Quanto mais rápido for retirado, menor a chance de infecção. Outro alerta é não esmagar o carrapato com as unhas, pois isso pode levar à contaminação. A recomendação é, ao retirar o carrapato, colocá-lo em um frasco com álcool 70% e levar ao CCZE para identificação.
Não há necessidade de comparecer a uma unidade de saúde após a retirada do carrapato, apenas caso apresente sintomas nos próximos 15 dias. Passado este tempo, sem a aparição e sintomas, está descartada a possibilidade de ter adquirido a doença.

Transmissão e sintomas
A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, tem elevada taxa de letalidade (60%) se não tratada rapidamente. É transmitida pela picada de carrapatos, principalmente o carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), infectados com bactérias do gênero Rickettsia rickettsii.
O parasita pode ser encontrado geralmente em animais silvestres, como capivaras e também cavalos e bois. Pode-se encontrá-lo em grama, arbustos, parques, trilhas, matas e locais onde há presença principalmente de animais silvestres.
Os sintomas da infecção podem aparecer entre dois a 14 dias após a picada. Os principais são: febre, náusea e vômito, dor muscular, dor de cabeça, desânimo, manchas avermelhadas pelo corpo e pequenas hemorragias na pele. Entre os meses de junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato-estrela é alta, por isso, sendo o período de maior alerta, ainda mais com casos letais na região.
Prevenção
As recomendações são de se prevenir contra as picadas do carrapato transmissor. Assim, como forma de cobrir as partes do corpo para evitar atraí-lo, recomenda-se uso de mangas longas, botas e calça comprida – com parte inferior colocada para dentro das meias. O uso de roupas de cor clara também podem facilitar a visualização dos carrapatos. Para mais informações, o CCZE atende pelo telefone 4524-8826 ou pessoalmente, na Avenida José Boava – 1350, no Bairro da Ponte.
Da redação – Fotos: Divulgação CCZE – Saúde/PMI

