Guia das cadeiras no décor: Saiba como escolher a peça ideal para cada ambiente
Diante da infinidade de modelos com variações de tamanhos, materiais, cores, texturas, pode parecer complicado selecionar o conjunto ideal para seu projeto. Quando se trata de um ambiente integrado, como a conexão entre living, sala de TV e jantar, o desafio parece ainda maior tendo em vista que a composição deve ser condizente com a arquitetura de interiores como um todo.
Pensando em tornar esta escolha mais fácil, a Sier – empresa especializada em mobiliário de alto padrão, com sede em Ubá, Zona da Mata mineira – traz algumas orientações a partir de sua experiência de mais de 30 anos no segmento, discorrendo a seguir sobre medidas, ergonomia, materiais e outras características que devem ser levadas em conta na escolha da cadeira adequada para cada espaço.
“As cadeiras tendem a ser grandes protagonistas nos ambientes. Afinal, estão sempre presentes nas reuniões em família e nas confraternizações entre amigos”, observa Carlos Reis, designer e gerente do Estúdio Sier de Design.
A escolha ideal para cada ambiente
Os principais fatores que primeiro influenciam a escolha das cadeiras são, em geral, o gosto pessoal e o estilo de vida dos moradores. Afinal, além de um desenho atraente, as peças devem fazer sentido para suas necessidades específicas, para o tipo do ambiente e as características da arquitetura em que estão inseridas. Mas como estabelecer o modelo ideal, tendo em vista as particularidades de cada espaço?
Em cozinhas e espaços gourmet, ambientes que costumam ter uso intenso e exposição a alimentos, gorduras e líquidos, na opção de cadeiras estofadas é importante escolher revestimentos de fácil manutenção. “Sempre recomendamos materiais com menor absorção de água e que sejam mais simples de limpar. Em um espaço que pede uma cadeira leve e prática, tecidos frágeis não são indicados”, informa Carlos Reis.
Para salas de jantar, em linhas gerais, a Sier recomenda atenção à inclinação do encosto pois, se for muito inclinado para trás, tende a induzir uma postura desconfortável à mesa.
Já em escritórios corporativos ou home office, rodízios e apoios de braços são itens indispensáveis para as cadeiras. Nos cantos devotados à leitura, peças de dimensões mais generosas acolhem o leitor para momentos aprazíveis. Mas as cadeiras não estão restritas a esses ambientes. Dormitórios e closets também podem contar com uma alternativa como apoio para o momento de vestir-se ou para uma pausa no dia a dia.
Ergonomia
No que se refere as questões ergonômicas é preciso observar as medidas, os contornos da peça e, nas cadeiras, especialmente o ângulo entre o encosto e assento. Não basta um bom acolchoamento e revestimentos nobres. Há cadeiras que, mesmo produzidas integralmente em madeira, oferecem conforto aprimorado graças à sua ergonomia bem desenhada. É preciso estar atendo a isto, pois camadas generosas de espuma não são sinônimo de conforto verdadeiro.
Uma cadeira com ergonomia ruim pode ocasionar problemas frequentes no uso, tais como dificultar o apoio dos pés no chão (no caso do assento ser muito alto) e má postura. Pensando nisso, a Sier segue as orientações de órgãos especializados que ditam as especificações adequadas.
Uma vez que os móveis são produzidos em escala industrial, é necessário adotar os dados antropométricos médios característicos da população brasileira para determinar os parâmetros construtivos das cadeiras. “No entanto, como pode haver variações de medidas a cada modelo, sugerimos que o cliente experimente a peça antes de comprá-la, pois, as dimensões podem influenciar diretamente no conforto dependendo da estatura da pessoa”, orienta Carlos Reis.
Medidas
Quanto às medidas, em linhas gerais, os assentos podem variar entre 46 e 48 cm de altura, 48 a 50 cm de largura e 43 a 44 cm de profundidade. Já a altura do encosto da cadeira é relativa e depende do design proposto. “Antigamente usava-se espaldares mais altos, entre 1 m e 1,10m de altura total. Hoje isso mudou e, em geral, os tamanhos variam entre 78 cm e 90cm de altura total”, explica Carlos.
Tendências na decoração
Falando em tendências do mundo do design, os tecidos com texturas – que convidam ao toque –estão em alta e, em geral, contam com a suavidade das cores claras para acentuar seu estilo. Seguindo a mesma premissa, madeiras em tonalidades claras também estão em evidência, como é o caso do padrão Névoa, com efeito dessaturado, lançado recentemente pela Sier na coleção Despertar. A presença de acabamentos refinados, como telas e detalhes em metal, também é uma forte tendência que valoriza as peças.
Conservação e limpeza
Para conservar as cadeiras sempre bonitas, a Sier indica observar cada material em seus componentes. Em linhas gerais, produtos com álcool ou solventes químicos devem ser evitados, pois podem provocar manchas irreversíveis nos móveis. Em casos de sujeiras mais difíceis, recomenda-se consultar um profissional para evitar danos permanentes.
Em cadeiras de madeira, indica-se usar uma flanela para tirar a poeira. Eventualmente, pode-se aplicar um pano ligeiramente umedecido, secando muito bem em seguida. Já para os tecidos que revestem o estofado e encosto, há modelos que contam com acabamento impermeável, que facilita a manutenção. Tecidos que absorvem muita sujeira merecem cuidados especiais para não manchar e não danificar com a própria limpeza.
Como revestimento, o couro necessita apenas de flanela para tirar poeira. Em alguns casos, um pano ligeiramente umedecido também pode ser considerado. Em cadeiras com encosto em tela, a sugestão é que se remova a poeira com espanador. Um pincel macio de fibras naturais é muito bem-vindo para os detalhes, tomando cuidado para não repuxar os fios.
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Da Redação – Fotos: Bruno Meneguitti