Pesquisa mostra que vantagem de Lula para Bolsonaro cai para menos de cinco pontos
A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida pela Presidência da República caiu para menos de cinco pontos percentuais, segundo levantamento feito entre os dias 19 e 23 de agosto pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado na última quarta-feira, 24.
De acordo com o levantamento, o petista tem 41,7% das intenções de voto contra 37,0% do presidente – uma diferença de 4,7 pontos percentuais, o que quase configura empate técnico dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A distância é a menor registrada pelo instituto na atual corrida eleitoral. Em abril deste ano, o placar era de 40,0% para o petista e 32,7% para o presidente (diferença de 7,3 pontos percentuais). Desde então, a diferença vem caindo gradativamente.
Logo abaixo dos favoritos aparecem Ciro Gomes (PDT), com 7,3%, e Simone Tebet (MDB), com 2,7%. Os demais candidatos não atingiram um ponto percentual. Entre os entrevistados, 6,0% afirmaram que irão votar em branco, nenhum ou nulo e 4,1% disseram que não sabem ou não responderam.
Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre os dois favoritos, Lula teria 47,8% das intenções de voto contra 40,4% de Bolsonaro. Entre os eleitores, 7,4% afirmaram que iriam votar em branco, nenhum ou anular o voto e 4,4% não souberam ou não responderam.
A pesquisa foi feita de forma presencial com 2.020 eleitores de 162 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-03138/2022.
Pesquisa é fotografia do momento
O programa Band Eleições de segunda-feira (22) discutiu a disputa pela presidência da República, o cenário eleitoral e as pesquisas de intenção de voto. O programa recebeu o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, entre os convidados.
Para Hidalgo, a pesquisa de intenção de voto representa uma fotografia do momento em que vive o eleitor. Ele pode mudar um dia antes da eleição ou até mesmo no caminho para a urna, explicou o especialista.
“A pesquisa é uma fotografia do momento. Se a gente entrevistasse 156 milhões em um dia, a gente teria a fotografia desse momento, mas tem as informações que o eleitor recebe quando ele está indo votar. Poderia haver uma mudança desse eleitoral. Por isso que as pesquisas posteriores a boca de urna dificilmente erram. Agora, se fizer um dia antes do pleito, vai haver mudanças. Tem gente que votou na pesquisa e naquele momento. Por algum motivo, não compareceu para votar e pode mudar o voto”, explicou Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas.
Intenções de voto para Presidente
Da Redação – Fotos: José Cruz/Agência Brasil e Marcos Corrêa/PR