Ovos caros, criatividade em alta: como Itatiba está vivendo a Páscoa de 2025
Enquanto grandes redes como o Tenda Atacado mantêm as prateleiras recheadas de ovos, o Ataca Doces Itatiba aposta na venda de chocolates tradicionais como alternativa mais acessível
A tradicional dúvida da Páscoa — comprar ou não ovos de chocolate — ganhou ainda mais força em 2025. A inflação acumulada dos últimos meses, somada à alta do cacau, impactou diretamente os preços dos produtos sazonais, levando o consumidor a repensar suas escolhas e buscar alternativas mais econômicas.
Com preços altos e bolsos apertados, a Páscoa de 2025 mostra que tradição pode rimar com criatividade — seja trocando o ovo por bombons ou buscando o melhor preço nas grandes redes.

No Tenda Atacado, o gerente Robson Soares explica que, apesar do cenário econômico, o planejamento junto aos fornecedores permitiu manter preços competitivos. “Temos as melhores negociações. Mesmo com bastante cautela, as vendas vêm apresentando um crescimento saudável”, afirma. Segundo ele, os consumidores estão atentos às ofertas, comparando preços e aproveitando promoções. “O cliente não deixa de comprar, mas busca sempre o melhor preço”, completa.
Os produtos de maior saída, segundo Robson, são os de alto giro — a linha básica de chocolates —, que ganham reforço nas ofertas para incentivar o consumo. “Nosso foco é sempre o melhor preço. O cliente sabe que aqui é o lugar de comprar barato”, reforça
Alternativa aos ovos de Páscoa
Na contramão das grandes redes, o Ataca Doces Itatiba, sob comando do empresário Munir N. Kamar, optou por não comercializar ovos de Páscoa. “Já há algum tempo os preços estão elevados. Além da inflação e da alta do cacau, há uma estratégia das indústrias que aproveitam a sazonalidade da data para elevar os valores”, avalia.

Mesmo fora do mercado dos ovos, o Ataca Doces segue com vendas aquecidas neste período. “A procura por chocolates aumenta naturalmente. Caixas de bombons são campeãs: têm preço justo e variedade para o consumidor”, diz Munir. O lojista aposta em promoções e preços mais baixos para atrair o público, além de focar em marcas reconhecidas. “Fiz o caminho inverso: reduzi preços e mantive a qualidade.”
Munir destaca ainda que o consumidor está mais racional: “Hoje, o ovo de Páscoa é mais para presentear do que para consumo próprio. Uma barra de 100g sai por R$8, enquanto um ovo de 300g custa R$70. A matemática é simples, e muitos preferem economizar”.
Por Camila de Magalhães/Itatiba Hoje – Fotos: Divulgação