Abelhas sem ferrão viram protagonistas de projeto ambiental na Etec Rosa Perrone
Parceria com a ONG Jappa promove educação ambiental e aproxima alunos da biodiversidade
Uma colmeia de abelhas sem ferrão foi instalada na Etec Rosa Perrone Scavone em 15 de abril, marcando o início de um projeto de educação ambiental em parceria com a JAPPA (Jacaré Ribeirão Vivo – Associação para Preservação Ambiental). A iniciativa, que integra o programa da escola sobre sustentabilidade, visa despertar a consciência ecológica nos estudantes por meio da observação direta da natureza.

Segundo Alex Paulo da Silva, diretor da Etec, a proposta surgiu da colaboração contínua com a ONG, e se fortaleceu com a presença de uma colmeia nativa já instalada numa árvore em frente à escola. “A caixa com abelhas Jataí permitirá aos alunos comparar o desenvolvimento da colmeia trazida com a colmeia nativa. Essa vivência inspira a harmonia, o respeito e o trabalho em equipe, como ocorre em uma colmeia, valores fundamentais para a formação de um cidadão ético”, afirmou.

Todos os estudantes do Ensino Médio serão envolvidos na observação do comportamento das abelhas durante o primeiro semestre, analisando desde a coleta de néctar até o fluxo de entrada e saída das operárias. “A maioria dos alunos não conhecia as abelhas Jataí. Ficaram surpresos ao saber que não possuem ferrão e que convivem em equilíbrio com o ambiente, o que despertou o interesse pela aproximação e observação”, destacou Alex.

Para Sócrates José Piovani, presidente da JAPPA, o projeto inaugura uma série de ações ambientais previstas para 2025. “Essa atividade trabalha a educação ambiental, destacando o papel essencial das abelhas sem ferrão na polinização e na preservação dos ecossistemas. É um tema potente para discutir sustentabilidade, interdisciplinaridade e engajamento juvenil”, explicou.

A caixa permanecerá na escola durante todo o ano, sob monitoramento do Grêmio Estudantil e voluntários da ONG, que farão visitas mensais. “Queremos que os alunos reconheçam a importância ecológica das abelhas sem ferrão, que são polinizadoras nativas e fundamentais para a biodiversidade”, reforçou Sócrates.

O projeto já demonstra impacto positivo. “O interesse dos alunos foi notável. As perguntas, a curiosidade e a participação nos motivam a seguir investindo nesse caminho de aprendizado vivo e conectado à natureza”, concluiu o presidente da Jappa.
Por Camila de Magalhães/Itatiba Hoje – Fotos: Divulgação